INÍCIO - Câmara Municipal de Barra

O MUNICÍPIO

Barrabahia1
O município 2

História do Município

A região era povoada primitivamente pelos índios acroás, na margem esquerda do Rio São Francisco, e pelos índios mocoazes, na direita, além de Tupiniquins, Xacriabás, Caiapós, Cariris e Aricobés. O povoamento da região surgiu a partir de uma fazenda de gado trazido do litoral no ponto onde o Rio Grande desemboca no Rio São Francisco, pertencente à Casa da Torre, então chefiada pelo 2º Francisco Dias de Ávila Pereira, entre 1670 e 1680. Esta fazenda foi nomeada Fazenda Barra do Rio Grande, posteriormente chamada de Fazenda Barra do Rio Grande do sul para distinguir do Rio Grande do Norte. Os franciscanos ergueram na região a capela de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande do Sul, criando um aldeamento de índios catequizados.

Posteriormente foi elevada à categoria de povoação, sendo um povoado da Capitania de Pernambuco. A atividade econômica da povoação consistia na criação de gado e agricultura, com o cultivo da cana-de-açúcar. Abrigava grande diversidade populacional: portugueses, escravos africanos, brasileiros, filhos de portugueses, mestiços de branco e índio, índios puros, holandeses, flamengos e espanhóis exploraram a região sob o comando da Casa da Torre.

A vila foi criado por carta regia de D. José I em 1º de dezembro de 1752 e a freguesia (paróquia) em 5 de dezembro do mesmo ano (esta desligada de Cabrobó), mas a instalação só ocorreu em 23 de agosto de 1753, quando foi instalada a nova Vila de São Francisco das Chagas da Barra do Rio Grande, emancipando politicamente, constituída de câmara de vereadores, pelourinho e coletoria. A instalação foi feita pelo Ouvidor e Corregedor da Comarca de Jacobina Henrique Correia Lobato .

D. João VI, por alvará de 3 de junho de 1820 cria a Comarca do São Francisco, e Barra passa a ser a cabeça da nova comarca.

Em 7 de julho de 1824, a Comarca do São Francisco foi desligada de Pernambuco como punição pelo movimento separatista conhecido como Confederação do Equador, passando à jurisdição de Minas Gerais. Em seguida, no dia 15 de outubro de 1827, passou a pertencer em definitivo à Bahia, sendo que ambas as alterações se deram por decretos de Dom Pedro I do Brasil. A vila foi elevada a cidade em 1873 (na época do Império o termo “cidade” era mais figurativo e nada somava-se administrativamente), quando passou a chamar-se Barra do Rio Grande. Em 1931 sua denominação mudou para Barra.

Barra teve seu território desmembrado para formar os Municípios de Campo Largo-Cotegipe (1820), Carinhanha (1832), Ibipetuba, atual Santa Rita de Cássia, em 1840, Buritirama (1986) e Muquém do São Francisco (1989). Elevado à categoria de freguesia com a denominação de Barra do Rio Grande, pela provisão de 5 de dezembro de 1752. Elevado à categoria de vila com a denominação de Barra do Rio Grande, pela Resolução régia de 1º de dezembro de 1752. Instalado em 23 a 27 de agosto de 1753. Elevado à condição de cidade, sob a denominação de Florescente da Barra do Rio Grande, pela lei provincial nº 1.320, de 16 de junho de 1873.

Em 1875, o primeiro jornal da região oeste passou a ser impresso em Barra, com oficinas próprias: era o Eco do São Francisco.

Pela sua localização geográfica, tornou-se ponto de passagem obrigatório para quem se dirigia ao sertão do São Francisco e das boiadas do Piauí, Maranhão e Goiás, vivendo grande efervescência comercial e social entre 1891 e 1912. Em 1902 o vapor Saldanha Marinho começou a trafegar regularmente entre Pirapora, Minas Gerais, e Juazeiro, Bahia, passando por Barra, o que reforçou o comércio da região. A exploração de borracha de maniçoba também deu um impulso econômico à região. Esta cultura sofre declínio a partir de 1912.

Em 1913 Barra torna-se diocese e a igreja matriz Senhor Bom Jesus da Boa Morte torna-se catedral.

Somente em 1998 Barra integra-se à malha rodoviária brasileira com a ligação da cidade à BR-242, a rodovia federal Salvador-Brasília.

Formação Administrativa

Elevado à categoria de freguesia com a denominação de Barra do Rio Grande pela Provisão de 05-12-1752.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Barra do Rio Grande pela Resolução Régia de 01-12-1852. Instalado em 27-08-1753.
Elevado à condição de cidade sob a denominação de Florescente da Barra do Rio Grande, pela Lei Provincial n.º 1.320, de 16-06-1873.
Pela Lei Municipal n.º 19, de 14-10-1894, é criado o distrito de Brejo do Buriti e anexado ao município de Florescente da Barra do Rio Grande.
Pela Lei Provincial n.º 2.329, de 14-07-1882 é criado o distrito de Icatu e anexado ao município de Florescente da Barra do Rio Grande.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o município é constituído de 4 distritos: Barra do Rio Grande, Brejo do Buriti, Icatu e Igaraí.
Pelos Decretos n.º 7.455, de 23-06-1931, e n.º 7.479, de 08-07-1931, o município teve sua denominação simplificada para Barra.
Pelo Decreto Estadual n.º 11.089, de 30-03-1938, o distrito de Brejo do Buriti passou a denominar-se simplesmente Buriti.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943, o município já denominado Barra é constituído de 4 distritos: Barra, Buriti, Icatu e Igaraí.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 141, de 31-12-1943, confirmado pelo Decreto-lei Estadual n.º 12.978, de 01-06-1944, os distritos sofreram as seguintes denominações: Icatu passou a denominar-se Ibiraba; Igaraí passou a chamar-se Igarité e Buriti teve seu topônimo alterado para Buritirama. Pelo mesmo Decreto-Lei Estadual é criado o distrito de Piragiba e anexado ao município de Barra.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950 o município é constituído de 5 distritos: Barra, Buritirama, Ibiraba, Igarité e Piragiba. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
A Lei Estadual n.º 4.440, de 09-05-1985, desmembra de Barra o distrito de Buritirama, elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 18-VIII-1988 o município é constituído de 4 distritos: Barra, Ibiraba, Igarité e Piragiba.
A Lei Estadual n.º 5.009, de 13-06-1989, desmembra do município de Barra o distrito de Muquém do São Francisco, elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 2003 o município é constituído de 3 distritos: Barra, Ibiraba e Igarité. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

Fonte

Barra (BA). Prefeitura. 2015. Disponível em: http://www.barra.ba.gov.br/site/barra_historia.asp. Acesso em: jan. 2016

Geografia

Com área territorial de 11.333 km², é o 20º município em extensão territorial brasileiro e possui três distritos: Barra (sede), Igarité (1º distrito), Ibiraba (2º distrito). Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 54 225 habitantes, sendo o 44º no ranking populacional do estado.

Clima

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1977 a menor temperatura registrada em Barra foi de 10,2 °C em 3 de agosto de 1985, e a maior atingiu 40,6 °C em 22 de outubro de 2015. O maior acúmulo de precipitação em 24 horas atingiu 164,8 milímetros (mm) em 22 de março de 1997. Outros grandes acumulados superiores a 100 mm foram 124,1 mm em 11 de abril de 1996, 117,4 mm em 4 de novembro de 2002, 117,1 mm em 18 de março de 1997, 110,2 mm em 5 de abril de 1978, 102,6 mm em 24 de fevereiro de 2011 e 100,3 mm em 17 de março de 1991. Dezembro de 1989, com 498,5 mm registrados, foi o mês de maior precipitação, seguido por março de 1997 (443,5 mm) e janeiro de 2016 (412,8 mm).